A inteligência artificial se tornou o centro das atenções em um período comparativamente mais curto em relação a outras ferramentas digitais. Em janeiro de 2023, apenas dois meses após seu lançamento, atingiu a marca de 100 milhões de usuários ativos. Uma ascensão que se compara com a trajetória do TikTok, que levou nove meses para atingir essa marca, e do Instagram, que demorou dois anos.
Embora possa parecer que a inteligência artificial é um fenômeno recente, na verdade, ela possui um histórico muito mais longo. Alan Turing (1912-1954) produziu um dos primeiros e mais influentes trabalhos sobre o assunto. Seu artigo, “Computadores e Inteligência”, publicado em 1950, foi o primeiro a mencionar o termo “inteligência artificial”. Portanto, estamos falando de uma tecnologia que existe há várias décadas, mas que só recentemente começou a atrair o interesse global.
A verdade é que sempre estivemos acompanhados pela inteligência artificial em nossa jornada virtual, embora muitas vezes de maneira imperceptível. A falta de softwares específicos para a melhor utilização dos dados nos impedia de criar tecnologias que pudessem alimentar os modelos de inteligência artificial. No entanto, em meados de 2010, com a introdução do machine learning, conseguimos integrar melhor os modelos de IA. Essa nova abordagem permitiu que os sistemas aprendessem por meio de tentativa e erro, sem a necessidade de programação explícita.
Esses avanços possibilitaram a criação de vários softwares populares, incluindo Assistente Google, Siri, Alexa e, mais recentemente, Chat GPT e Midjourney. A maioria dos sistemas de recomendação e reconhecimento de imagens que usamos hoje funcionam com base na IA. Essas novas ferramentas, alimentadas por nossos dados, estão mudando a forma como interagimos com o mundo online.
Empresas que apostam em tecnologias emergentes já estão percebendo e se adaptando a esse novo cenário. Estão investindo pesado para entregar inovação e manter-se à frente da concorrência. Vemos o Google, por exemplo, que já é uma das maiores ferramentas de busca de todos os tempos, prometendo entregar mais de 20 produtos usando inteligência artificial neste ano. Da mesma forma, a Microsoft está revolucionando a maneira como consumimos inteligência artificial, com investimentos pesados no Chat GPT e a integração deste à sua tecnologia “Bing”.
O fluxo de dados que alimenta essas redes e o avanço dos algoritmos são os combustíveis que movem as IA. A IA precisa entender esses algoritmos para interpretar, aprender e se adaptar a esses dados, o que lhe permite realizar tarefas cada vez mais complexas e eficientes. Portanto, é crucial reconhecer esse momento e aplicar essas inovações aos negócios.
Para o marketing, esse é um período de imensas oportunidades. Empresas que estruturam seus negócios com base em informações e dados comportamentais dos clientes têm grandes chances de alavancar e descobrir novas oportunidades. Um bom exemplo é a Netflix, que personaliza seu conteúdo com base nas preferências do usuário. O uso de IA para negócios vai muito além de personalizações e anúncios direcionados, estamos vivendo um novo modelo de interação, muito mais inteligente, que consegue entender e oferecer soluções eficazes para as necessidades específicas que uma empresa pode atender.